Percy Jackson – o herói dos novos paradigmas na Educação

Nestas férias escolares, meu neto mais velho, Lucas, 12 anos, apresentou-me ao seu mais novo herói – Percy Jackson.

–  Vó, você quer ver o filme do Percy Jackson comigo?

– Percy Jackson? Quem é Percy Jackson?

– É legal, Vó! Você vai gostar…

E não deu outra! Realmente, o filme “Percy Jackson e o ladrão de raios”  é tudo de bom; bons atores, mitologia em alto estilo para a garotada, sem contar um outro detalhe, fundamental, para esta avó: Percy, até descobrir seus poderes como semideus, sofria com um diagnóstico de TDAH  e dislexia, sendo, frequentemente, alvo de bullying. Na verdade, sua dislexia era um dos seus talentos – a capacidade de ler antigas inscrições em grego, de trás para frente, e decifrá-las, que foi revelado a ele e aos expectadores, no decorrer da trama.

Percy Jackon e Ladrão o de Raios, filme de Chris Columbus, Fox Films, 2010

Percy Jackson é um personagem fictício da série Percy Jackson & the Olympians, escrita pelo norte-americano, Rick Riordan. Segundo a wikipedia .(http://pt.wikipedia.org/wiki/Percy_Jackson ), a saga foi inspirada no filho mais velho do autor, que tinha baixa autoestima por ser disléxico e hiperativo. Rick contava histórias de aventura para o filho, onde o personagem principal era sempre alguém com algo semelhante. Daí surgiram as ideias para a saga, hoje, um sucesso editorial e cinematográfico.

Não pude deixar de pensar nos inúmeros clientes que tive ao longo dos meus mais de vinte anos de experiência com o uso das essências florais na Educação. Os diagnósticos do personagem Percy, assim como de muitos dos meus clientinhos, são todos em função do referencial, ou dos paradigmas que adotamos para compará-los. Enquanto não mudarmos a forma de olharmos para estas crianças, enquanto não as enxergarmos por meio de novos paradigmas, corremos o risco de taxá-las com algum destes distúrbios de comportamento da atualidade, que vêm levantando polêmicas em todo mundo, pelo uso massivo de medicamentos . Até quando?

Ficção à parte, é hora de buscarmos os porquês. Por que, hoje em dia, tantas crianças são diagnosticadas com hiperatividade, déficit de atenção, ou com algum distúrbio dentro do espectro do autismo? O que está por trás disto? Quem são estas crianças e quais são os seus talentos? Como fazemos para ajudá-las a trazer todo seu potencial? Será que nosso único recurso é o uso de medicamentos? Que tal enxergá-las por um novo ângulo? Por um novo paradigma?

Em 1993, por indicação do querido Hércoles Jaci, tive a benção de ser introduzida ao trabalho de Regina Migliori, no livreto: Paradigmas e Educação, Volume I, da antiga editora Aquariana. Esta foi a base para todo o meu trabalho educacional, seja na formação de terapeutas florais, seja na abordagem do uso das essências florais na Educação. Mais de vinte anos se passaram… Até agora, ainda relutamos em abandonar velhas estruturas de pensamento, que não sustentam mais a nossa realidade nem nos permitem entender a  complexidade humana, livre de julgamentos entre o certo e o errado, de forma a incentivar o desenvolvimento do potencial humano e, especialmente, das novas gerações.

A Educação está deixando de ser da alçada dos educadores para ser da alçada dos médicos. Será que é este o caminho?

Mude-se o paradigma e mudamos o mundo ( Regina Migliori ).

A hora da mudança na Educação é agora.

P.S – Ainda dá tempo de você juntar-se a nós para o curso dos Florais da Educação, em Blumenau; dias 22 e 23 de fevereiro. Veja a agenda de cursos para mais informações.

Em março, será a vez  de Portugal. Consulte:WWW.NASTURTIUM.COM.PT