
Gorse está por todo lado, aqui em Portugal
Este ano, em função da minha agenda apertada, não consegui encaixar um tempo para ver o despertar da primavera na Inglaterra. Assim, estou aproveitando para matar a saudade das plantas dos Florais de Bach, aqui em Portugal.
Que alegria, encontrar muitas das minhas queridas nesta Terrinha!! Já na saída do aeroporto do Porto, Gorse veio saudar-me nos canteiros das rotundas e ao longo das vias de acesso a este. Sua florada está quase no auge. Algumas vezes, quando o vento bate, já dá para sentir o seu cheiro delicioso. No entanto, ainda falta um pouquinho. O auge de Gorse é na Páscoa, trazendo a mensagem do renascimento, da cura, da nova vida.
E como tem Gorse por aqui! Os portugueses chamam-na de carqueja, que, para nós, brasileiros, é algo totalmente diferente. Na tarde do domingo passado, fui levada num parque que, certamente, o Dr Bach gostaria de ter conhecido.

Gorse e Heather em meio a bosque de carvalhos, oliveiras, corticeiras e pinheiros
O local, é uma sala de aula viva da segunda fase de pesquisa dos seus remédios – os 7 auxiliares. Gorse ( tojo ) , Oak ( carvalho ) e Heather( érica ) se misturam em meio a corticeiras, oliveiras ( Olive ) e pinheiros. Como sempre, Heather, aproveita o trabalho de regeneração do solo que Gorse faz, e já começa a despontar entre seus galhos secos. Ainda dá para notar alguns pendões com as flores secas do ano passado. No entanto, a verdadeira Érica, usada na preparação dos florais, custa a vir. Só lá para o final de julho/agosto. A que vemos agora, em alguns trechos das estradas, é outra.

Touceiras secas de Heather e pendões florais antigos, junto a Gorse
Se pararmos para pensar nos 7 auxiliares, i.é, na fase intermediária da pesquisa dos Florais de Bach, Portugal, como um todo, seria um bom representante desta, pois: Oak ( o carvalho inglês ), Gorse ( o tojo ) , Heather ( a érica ), Vine ( a videira ) e Olive ( a Oliveira ), crescem profusamente por aqui. Além disto, o país tem boas nascentes ( Rock Water ) e dizem que Wild Oat também viceja por estas terras. Este ainda não tive a oportunidade de conferir.
Aqui, como clima é mais quente e seco, muitos exemplares, que só florescem mais para o final de abril ou maio, na Inglaterra, antecipam sua florada. Tudo é mais rápido! Assim, precisamos estar atentos para perceber as nuances, as diferenças na aparência.
Por outro lado, sou apaixonada pelas oliveiras e não me canso de reverenciar seus exemplares milenares. Suas flores já estão vindo e as videiras estão começando a despertar do seu sono invernal, soltando seus primeiros brotos.

A Oliveira milenar na antiga Sé de Coimbra

Os botões das flores da Oliveira

A videira despertando do sono invernal
No entanto, aqui na primavera portuguesa, também podemos observar muitas outras plantas/flores dos florais de Bach. A diferença, com relação à Inglaterra é, que, ao invés de estarem no campo, aqui muitas são usadas como plantas ou árvores ornamentais. Como exemplo, Holly ( o Azevinho ), Chestnut Bud e White Chestnut ( botão e flores da Castanheira da Índia ) e, até mesmo, a Hornbeam ( faia ). Esta, estava tão “sofrida” com o clima português que custei a identificá-la. Mas lá estava! Os amentilhos e as folhas plissadinhas não deixavam dúvida.

Os botões da Castanheira da Índia estão em várias fases

Aqui já dá para ver o pendão floral da Castanheira da Índia, que dará origem ao floral White Chestnut

Os amentilhos de Hornbeam com suas cores típicas
Já, no caso da Holly, adorei! Enfim, consegui observar o surgimento dos botões florais. Que bênção!!

Aspecto do arbusto de Holly em praça de área residencial

Para minha surpresa, o arbusto de Holly estava repleto de botões das flores
Dependendo de onde estivermos, só vamos conseguir observá-las à distância, em propriedades particulares, como é o caso da Noqueira ( Walnut ) ou do Castanheiro Doce, Sweet Chestnut, árvore da famosa castanha portuguesa. Estes, infelizmente, onde estou hospedada, não consegui chegar perto.

Copa em formato de leque de uma nogueira ( Walnut ) adulta
Por aqui não vi, Beech ( faia ), embora saiba que há exemplares dela em alguns parques. Do mesmo modo, Wilow ( Salix vitelina ) e a nossa Aspen ( Populus tremula ). Vi alguns exemplares parecidos – um Willow muito próximo e totalmente florido. Idem com relação a Aspen, só que os amentilhos já não estavam mais presentes.
Em Coimbra, encontrei um exemplar de ameixeira, muito parecido com a nossa Cherry Plum. Na verdade, uma variedade muito próxima a ela ( Prunus cerasifera subsp. pissardi ). Maravilha vê-la em flor!

Florada de uma “prima” da Cherry Plum
A observação das plantas que dão origem a essências florais é um fator primordial no desenvolvimento maior de um terapeuta floral. Conhecer uma planta é conhecer a si mesmo.
Diferente do Brasil, os colegas portugueses levam uma grande vantagem com relação ao aprendizado sobre os Florais de Bach, mesmo que algumas espécies disponíveis aqui, sejam cultivadas e diferentes. O que importa é a oportunidade de observar e aprender direto com a planta!
Como educadora, minha recomendação é que vocês estejam atentos a estas bênçãos colocadas ao seu redor, para um desenvolvimento maior da Terapia Floral em Portugal e benefício do seu povo.

Gratidão, Portugal!
P.S – conhecer as plantas que dão origem as essências florais também nos ajuda a criar nossas próprias formulações. Selecionar florais para nós mesmos, ou para nossos clientes, requer uma boa preparação do terreno da alma para que suas virtudes possam florescer. Portanto, o trabalho de um terapeuta floral equivale ao de um jardineiro – um jardineiro da alma.
Neste final de semana, 08 e 09 de abril, estarei em Lisboa, ensinando a combinar as essências Bach com base na minha experiência e na linguagem da natureza. Por favor, veja a agenda de cursos para mais informações.
Aprender sobre assinatura de planta com você, Rosana Souto, que com a delicadeza sua consegue descrever e narrar detalhes cheios de vida, como se faz numa apresentação poética, científica e solene dessas criaturas de cura em forma de flores.
Jardineiros de alma. .. sejamos nós terapeutas florais. Obrigada, jardineira mor, minha amada professora Rosana. Quando voltar ao Brasil, venha conhecer as flores da Chácara São Jorge, em Bonito MS, quero aprender a identificá – las. Que sua alma sempre compreenda além do que olhos possam ver e ler, sobre o gestual das plantas, sobre nós, seus alunos, sobre a terapia floral, sobre os benefícios desta para si, para nós, para o universo.
Obrigada, por suas inspiradas palavras, querida Sandra!! Sim, ir à São Jorge faz parte das minhas metas. Aguarde. O tempo certo chegará. Bjs, querida!
Amei “viajar” um pouquinho com vc Rosana!!
Essa experiência com certeza é única!!
Muito obrigada por compartilhar conosco esse mundo mágico das flores!!
Deus te abençoe!
Bjos.
Querida Rosana minha Mestra Amada!
Gratidão por compartilhar tudo isso conosco.
Ainda quero ter esse prazer de estar ao seu lado vendo essas preciosidades.
grata grata grata!! Feliz curso a todos!!
Abraço saudoso
Acácia